Queria te agradecer por ter rompido o contato. Eu nunca, NUNCA, teria te deixado para trás. Que bom que você pensou diferente. Fui obrigada a perceber a ausência de reciprocidade e o quanto
isso me fazia mal, apesar de ter certeza que, em dados momentos, você me fez um bem
danado.
Hoje percebo que estou voltando ao ponto onde
estava antes de você aparecer na minha vida. Antes de ser uma fonte de
ansiedade constante. Antes de de você ter me feito entender que eu não
era especial, que as minhas coxas eram como as das outras moças e que
seguiria sem mim a qualquer momento. Parece que voltei a andar sozinha,
na verdade, estou praticamente voando na minha própria história. As ideias, os projetos, minhas sonecas, aquela sensação boa de não precisar ser aprovada, tudo isso ocupou o seu espaço. O fato de você mentir, faltar com o cumprimento da sua palavra, de agir como um Peter Pan que se recusa a crescer , nada disso matou a empatia gratuita. Nada disso fez com que você deixasse de ser uma das minhas pessoas favoritas. Nada disso foi suficiente pra eu ir embora. Foram mil malabarismos para te justificar na minha vida, para entender a natureza de uma relação tão doida, pra te legitimar na minha galeria. Passou.
Não sou e nunca seria a pessoa certa para alguém que não fala sobre as próprias emoções, logo eu, que finjo tão bem quanto uma criança de quatro anos contrariada. Sempre ia querer que você se responsabilizasse pelos seus atos e tentasse entender a dimensão deles, porque é isso que as pessoas maravilhosas fazem. Nunca ia dar certo querer cultivar uma roseira num lugar onde você acha que só brota cacto. Para mim, você é um homem incrível, pena que você não se enxergue assim. Você pode ser o que quiser, pena que só quer ser o que você já foi.
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