sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Não aceite propaganda enganosa

Acredito em mulheres fracas tanto quanto em Papai Noel. Uma pessoa que nasce preparada biologicamente para parir e que vai passar dias ao longo da vida sangrando, e mesmo assim sobrevive, não tem nada de frágil. Não aceite propaganda enganosa.

O mundo mudou, a sociedade se transformou e uma garota tem muitas possibilidades além de casar, ter filhos e depender financeiramente do marido. Aliás, ser dona de casa e bem amada é quase ganhar na loteria, mas enfim... Avisaram as meninas que elas teriam que estudar, ter uma carreira e serem donas dos próprios narizes. Mas alguém lembrou de avisar os meninos que eles iam ter que fazer algo mais interessante que mandar flores e fazer um solo de guitarra para conquistar essas super meninas? Nãooooooooooooooooooooooooo!

Foi aí que a lei do menor esforço masculino ganhou o mundo. Antes que você mude de blog, explico. Compreender essas super meninas, entender que o grande objetivo delas não é cozinhar tão bem quanto a sogra, que elas gostam mais de trabalhar do que de ficar em casa lavando cueca e que mesmo assim elas podem ser completamente apaixonadas é muito complexo. E homens são objetivos e práticos, vocês sabem, né?

Qual foi a solução encontrada por eles para evitar o psicanalista e se sentirem provedores no melhor estilo macho alfa? Na verdade eles não encontraram, caiu no colo deles... Trata-se de um tipo de mulher que se faz de pobre coitada, de garota incompreendida pelos pais, maltratada pelo ex-namorado, que não tem onde morar, que tem um sonho mesmo sem apoio, que gostaria de ser a Sandy (seja a Lima ou a do Grease) e, sim, tem tempo para aprender a fazer o prato favorito do filhinho da mamãe!

De frágeis, respeitável leitor, elas não tem nem a unha do dedinho do pé... Elas são calculistas e teatrais, ou seja, se fizerem um bom diagnóstico, você vai acreditar em cada palavra dita naquele tom doce e sofrido. De qualquer forma, passar as 24 horas do dia bancando a mocinha que não dá barraco, que tem o cabelo lindo, não profere palavrão e que já ama os filhos que ainda nem fez, deve ser um pé no saco! Um pé maior do que fazer planilhas para poder comprar sapatos no fim do mês.

Prestem atenção, sempre tem uma figura dessas por perto. Geralmente é protegida por um namorado encantado pela sua feminilidade ou pela amiga de extinto materno exacerbado. E se você quiser ter certeza de que estamos falando do mesmo tipo de pessoa “ingênua e fraca”, observe que elas nunca ficam sozinhas, sempre emendam um relacionamento no outro e sempre descolam alguém para levá-las para casa. Boba é você, leitora, que fica esperando ônibus sozinha na chuva e ainda se sente culpada por estar despenteada!

E de verdade, apesar delas me irritarem profundamente, eu não as culpo. Papai diz que sempre tem um trouxa esperando para ser enganado, é a mais pura verdade. Elas só fazem o que alguns homens (ou deveria dizer meninos que acham que são o Edward Cullen?) esperam que pessoas do sexo feminino façam. Pensamento raso, concordam? Depois somos nõs que passamos a vida achando que estamos numa comédia romântica... Esse tipo de cara que gera a discórdia entre as mulheres e frustrações para os donos de bar venderem tequila por litro.

A boa ou má notícia, depende bastante de qual lado do balcão você está, é que elas vão abandonar o filhinho da mamãe quando tudo der errado e ele não for mais a cereja do bolo. Ele será trocado por alguém que ofereça mais conforto e segurança. Então o babaca X vai precisar de um ombro e um par de coxas amigos e compreensivos...

Sempre haverá o momento para provar que desde o início você foi a melhor opção e que o seu coração é magnânimo a ponto de esperar essa hora chegar para poder perdoar, mas eu não acho que vale a pena. A vida é uma experiência curta demais para esperar por caras que fazem a opção mais fácil.

E depois que a fossa passar, não acredite que um milagre aconteceu e que ele vai e te eleger para o posto de primeira-dama. Ele vai agradecer, falar que você merece alguém melhor (neste momento, acredite porque é verdade) e casar com a primeira baixinha com cara de gatinho do Shrek que aparecer.

Escolha o seu lado da força, ela sempre está com as mulheres. Só resta saber se vai usá-la para ter orgulho da própria história ou para merecer um Oscar pela brilhante atuação na vida de um otário.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Ter paz ou ser feliz?

Prefiro os safados aos tapados um zilhão de vezes. Com forte inclinação aos safados que todo mundo acha que são tapados, também conhecidos como come-quieto. Os que contam vantagem e não comparecem, irritam profundamente. Não os respeito, na verdade.

Cansei de começar de novo? Sim, cansei! Mas qual é a outra escolha? Enterrar os meus sonhos num fim que não me satisfaz? E quem sou eu para decidir quando é o fim? Mais uma chance de errar à segurança de só acertar.

Amei o Rio desesperadamente, embora saiba que meu coração ficaria desnorteado sem a insanidade de São Paulo que mora dentro de mim. Também perdi a capacidade de me apaixonar desesperadamente por alguém pela segunda vez e não sei se isso é melhor do que sofrer por amor de novo.

Sempre sim às verdades cruéis e não às mentiras doces. Tenho aversão à gente que faz de conta que está tudo bem, que o sapato não dá calo e que marcar hora pra transar é normal.

Gosto de moda, mas é de vomitar quando uma roupa só diz "sou igual a todo mundo". Preferi a novidade da loirice à mesmice do castanho e ficou lindo. E agora que todo mundo usa unhas vermelhas, o meu esmalte tomate perdeu a graça...

Rosas colombianas a orquídeas, boa televisão a um bom livro, só mais uma carolina recheada com doce de leite a uma calça 38, mais cinco minutinhos na doce ilusão de que eu posso dormir a menos atrasos registrados na minha folha de ponto. E ponto!

Prefiro ser feliz a estar em paz. Estar em paz quer dizer desistir dos projetos turbulentos e estes são os mais interessantes. Mas que dá preguiça, dá!

Escolher é fácil, sempre sei o que é melhor pra mim em menos de 30 segundos. Ter coragem para viver essas escolhas é que é para poucos, bem poucos e nem sempre eu me encontro neste seleto grupo.