segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Ter paz ou ser feliz?

Prefiro os safados aos tapados um zilhão de vezes. Com forte inclinação aos safados que todo mundo acha que são tapados, também conhecidos como come-quieto. Os que contam vantagem e não comparecem, irritam profundamente. Não os respeito, na verdade.

Cansei de começar de novo? Sim, cansei! Mas qual é a outra escolha? Enterrar os meus sonhos num fim que não me satisfaz? E quem sou eu para decidir quando é o fim? Mais uma chance de errar à segurança de só acertar.

Amei o Rio desesperadamente, embora saiba que meu coração ficaria desnorteado sem a insanidade de São Paulo que mora dentro de mim. Também perdi a capacidade de me apaixonar desesperadamente por alguém pela segunda vez e não sei se isso é melhor do que sofrer por amor de novo.

Sempre sim às verdades cruéis e não às mentiras doces. Tenho aversão à gente que faz de conta que está tudo bem, que o sapato não dá calo e que marcar hora pra transar é normal.

Gosto de moda, mas é de vomitar quando uma roupa só diz "sou igual a todo mundo". Preferi a novidade da loirice à mesmice do castanho e ficou lindo. E agora que todo mundo usa unhas vermelhas, o meu esmalte tomate perdeu a graça...

Rosas colombianas a orquídeas, boa televisão a um bom livro, só mais uma carolina recheada com doce de leite a uma calça 38, mais cinco minutinhos na doce ilusão de que eu posso dormir a menos atrasos registrados na minha folha de ponto. E ponto!

Prefiro ser feliz a estar em paz. Estar em paz quer dizer desistir dos projetos turbulentos e estes são os mais interessantes. Mas que dá preguiça, dá!

Escolher é fácil, sempre sei o que é melhor pra mim em menos de 30 segundos. Ter coragem para viver essas escolhas é que é para poucos, bem poucos e nem sempre eu me encontro neste seleto grupo.

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