quarta-feira, 14 de julho de 2010

Vamos aos fatos...

Se o cara não quiser mais ficar com você, engula seu orgulho, sua frustração por não ter entrado com a bota no episódio e aceite. Não é nada pessoal, você não tem nenhum defeito de fabricação e nem algum causado por mau uso. Pensa que você é uma lata de leite condensado e ele tem alergia à lactose. Ou que vc é um filé à parmegiana e o cara é vegetariano. Pro seu pai ou irmão poder te explicar, pensa que vc é Kaká, mas o infeliz só gosta de boliche, mesmo isso sendo um caso em um milhão, pode acontecer.

E mantenha a cabeça erguida. Vou exemplificar para a importância disso ficar muito calara. Pensa que você é a Madonna e moço que te dispensou, o Tiririca. Nada contra Florentina de Jesus, mas Like a Virgin é outra coisa, né? É uma total incompatibilidade de gênios, gêneros, figurinos, contas bacárias e dentistas, então, tudo bem cada um seguir seu caminho civilizadamente. E Madonna sofrendo por causa do Tiririca é foda. Vc não quer que um Tiririca faça piada e sinta pena de você, quer? A voz da consciência responde: não, não quer!

Pior que tomar um pé declarado, só tomar um subliminar. Sabe quando fica um espaço em branco no lugar do texto onde deveria estar o “vai se lascar, menina!”? Então, isso é um pé subliminar. Às vezes, eu queria ser uma lata de coca-cola pq, quando alguém oferece um refrigerente, seres humanos respondem normais sim ou não. Ou alguém fica encarando o garçom até ele entender o que se quer?

Apesar de foras subliminares não fazerem sentido num mundo adulto e civilizado, há uma explicação. Um amigo me disse que os caras fazem isso pra moça não se magoar e posteriormente, quando eles quiserem, pegarem as coitadas de novo. Como se nós fossemos tontas, né? Como se o silêncio causasse menos estrago do que um não bem dado. Prefiro os corajosos até na hora de dar tchau. Ser dispensada por um cara que marca posição até o fim chega a dar orgulho.

Enfim, esta técnica, segundo minha fonte, chama-se “cozinhar”, ou seja, quando não dizem sim, nem não, só talvez para garantir terreno favorável numa futura tentativa de abate. O método deve ter sido criado por algum advogado, já que no caso a dúvida beneficia quem não teve um comportamento exemplar. Indigno, né? Viu como ser lata de coca-cola é melhor? Ninguém cozinha uma lata de refrigerante!

Brincadeira a parte e sem se sentir um gênero alimentício, seguir em frente é única opção que sobra depois de um fora. Até com o impulso, nada agradável é verdade, de um pé na bunda a gente anda pra frente, pense nisso! No meu caso, já economizei quilômetros de caminhada usando esse recurso. Sendo assim, eu só agradeço!

Um comentário:

  1. Não é preciso muito para se despedir de algo ou alguém que não é bom pra gente e que não nos acrescenta. Mas é preciso ser muito macho pra seguir sem alguém que representa muito.

    Parabéns se você é forte assim. De verdade.
    Eu não sou.

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